Enquanto vivemos de centelhas de sabedoria, de faíscas de inteligência, de modestas sinapses, apaga-se um brilho ofuscante, uma luminosidade singular. Ao se extinguir a chama de vida do cientista Stephen Hawking, uma existência dedicada à Física e à Cosmologia, o mundo mergulha um pouco mais na atual escuridão.
Em tempos de degeneração do ser humano como espécie, e em meio à acomodação costumeira das pessoas em geral, Hawking se transformou num exemplo de perseverança. Ele não se limitou à sua genialidade ou à fulgurante colaboração de seus estudos e de suas revolucionárias teorias. Travou um embate quase a vida toda contra uma gravíssima doença, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), diagnosticada aos vinte e um anos com prognóstico de pouco tempo de vida.
Enfrentar a enfermidade foi uma opção árdua, diante da limitação extrema a impedi-lo de efetuar os mais simples movimentos. Mas isso não o impediu de aprimorar os seus conhecimentos, desenvolvendo a mente genial de maneira inacreditável. Suas pesquisas e conclusões trouxeram à humanidade visões vanguardistas em suas áreas de atuação.
Enquanto isso, próceres de QI de ameba governam grandes potências e brincam de apertar botões e acabar com o planeta. Semianalfabetos presidem países, roubam o povo e saqueiam nossas riquezas. Mentes obscuras, retrógradas e inúteis desviam fortunas e a atenção do mais importante, enganam a população e passam de filhos para netos o legado de nossos esforços e nossos suores.
E, quando se perde uma luz potente como Stephen Hawking, por ironia autor de “Uma breve história do tempo” e “O universo numa casca de noz”, essa gente travestida de sombras nos reduz a vivências episódicas, nos apequena como seres, nos aprofunda em indizíveis trevas.
“Look up at the stars and not down at your feet” – Stephen Hawking
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